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NO FINAL TUDO DÁ CERTO

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

6 ERROS QUE VOCÊ (NÃO SABE QUE) ESTÁ COMETENDO COM SEU DINHEIRO

6 ERROS QUE VOCÊ (NÃO SABE QUE) ESTÁ COMETENDO COM SEU DINHEIRO E COMO SOLUCIONÁ-LOS

Por mais que você se interesse por educação financeira, pesquise sobre os melhores investimentos e alternativas para gerar renda extra, garanto que você comete pelo menos um dos erros listados abaixo quando o assunto é dinheiro.
Talvez essas falhas sejam cometidas por falta de atenção nessas questões ou porque você nunca parou para pensar sobre estes itens.
Neste artigo, além de alertá-lo sobre os 6 erros, eu lhe apresentarei as soluções para esses problemas.
Veja abaixo os 6 erros que você (não sabe que) está cometendo com dinheiro e suas soluções.

Erro #1 – Confiar em seu gerente de banco para lhe indicar investimentos

gerente de banco
Pode parecer uma ideia óbvia, afinal o gerente de banco deveria ser um profissional treinado para retirar suas dúvidas e lhe oferecer os melhores produtos financeiros. Porém, não é isso que acontece.
A verdade é que os gerentes são profissionais pagos pelos bancos para atender os interesses dessas instituições, com metas e premiações para atingir os objetivos mais lucrativos para essas empresas.
Prova disso é o fato comum dos gerentes oferecerem títulos de capitalização para seus clientes quando poderiam oferecer produtos muito mais rentáveis.
Os títulos de capitalização não podem nem ser chamados de investimentos, pois apresentam rendimentos ínfimos, muita vezes não possibilitam o resgate de tudo que foi investido e apresentam como único ponto positivo a pequena probabilidade de ganhar sorteios.
Não culpe seu gerente por esse comportamento, ele precisa cumprir metas, afinal quem paga o salário dele é o banco.
A solução para este caso é sempre fazer uma análise criteriosa antes de tomar qualquer decisão financeira, ciente de que o conselho do seu gerente pode não ser a melhor opção para o seu bolso (frequentemente não é). Quando se trata de dinheiro, não existe pessoa certa para te aconselhar, o melhor a fazer é estudar e ser capaz de decidir por si mesmo.

Erro #2 – Manter dinheiro investido tendo dívidas

Muita gente adota este tipo de comportamento justificando que dessa maneira adquiri a disciplina necessária para começar a investir.
Se o seu problema for falta de disciplina, talvez até valha a pena. Entretanto, se o que te aflige é falta de dinheiro, saiba que esta conduta é tremendamente destrutiva.
Basta analisar que as dívidas apresentam juros bem maiores do que as opções de investimento encontradas. Veja a tabela abaixo com valores retirados de grandes bancos e fundos conhecidos:
Dívidas:Juros mensais:Investimentos:Juros mensais:
Empréstimo consignado
2%
Poupança
0,50%
Empréstimo pessoal
6,86%
LCI e LCA
0,65%
Cheque especial
5,41% a 9,31%
Fundos Imobiliários
0,16% a 2,43%
Cartão de crédito
7,15% a 16,56%
Ibovespa (Novembro)
-3,27%
(média de valores encontrados no mercado)
Observe que se o seu dinheiro estiver na poupança (menor juros entre os investimentos) e suas dívidas forem oriundas do cartão de crédito (maior juros entre as dívidas), a diferença da taxa de juros pode chegar a 16% ao mês. Com o passar do tempo, sua dívida tende a aumentar de maneira rápida enquanto seu capital investindo cresce a passos lentos.
A solução para este erro é pegar o montante que está investido e usá-lo para amortizar a dívida, pagando o que for possível, deixando apenas uma pequena reserva financeira para emergências.
Caso sua dívida seja no cartão de crédito ou cheque especial, troque por uma modalidade com juros menores, como o empréstimo consignado por exemplo. Após ter o dinheiro em mãos, negocie com os credores, eles são os principais interessados em ver sua dívida quitada e para isso podem facilitar o pagamento ou diminuir o valor a ser cobrado.
Quanto ao cartão de crédito e cheque especial, se você não sabe usá-los de maneira que te proporcionem facilidades, melhor não possuí-los.

Erro #3 – Pagar mensalidade ou anuidade de cartão de crédito

cartão de crédito
Pagar mensalidade ou anuidade no cartão de crédito é perda de dinheiro. As empresas de cartões já ganham muito apenas com as compra que você realiza em estabelecimentos comerciais (em torno de 5% do valor da compra é repassado para estas empresas).
Para não pagar fatura no cartão existem algumas opções:
– ligue para a empresa do cartão e negocie a retirada da anuidade/mensalidade;
– faça uso constante do cartão, apresente um bom consumo e peça a retirada das taxas; ou
– ameace cancelar o cartão caso as taxas não sejam retiradas.
Normalmente as empresas preferem conceder um período livre de taxas para seus clientes ao invés de perdê-los. No meu caso, que uso o cartão para pagar praticamente tudo, sempre tive facilidade em retirar a anuidade do cartão.
Para quem não tem disciplina o cartão pode se tornar uma arma de destruição de patrimônio, já para os disciplinados, o cartão de crédito pode ser de grande valia.
Veja como eu utilizo meu cartão: uso a função crédito em todas as oportunidades onde não vou obter descontos ao pagar em dinheiro; meu consumo se transforma em pontos no programa de fidelidade do cartão (viajei com minha noiva para a Buenos Aires trocando os pontos por milhas aéreas) e ainda consigo colocar meu dinheiro para render durante um mês antes de pagar a fatura do cartão.
Cabe ressaltar que sempre pago a fatura como um todo, com isso nunca tive problemas de endividamento pagando juros.

Erro #4 – Comprar à vista sem pedir desconto

desconto pagamento a vista
 Sempre que for comprar algo e tiver condições de pagar com dinheiro e à vista, peça desconto. Como mostrado no item acima, quando pagamos no crédito o comerciante repassa 5% do valor da venda para a empresa operadora do cartão.
Além disso, o dinheiro gerado pela operação só vai estar disponível para saque após 30 dias. Portanto, é sempre melhor para o comerciante quando você paga em dinheiro.
Não tenha vergonha de pedir desconto, se você não perguntar pode ter certeza que ninguém irá oferecer. Peça no mínimo 10% de desconto, caso o item seja muito caro você deve pedir mais. Lembre-se que se tudo der errado e você não receber desconto algum, é melhor pagar no crédito.

Erro #5 – Deixar dinheiro na poupança por longos períodos como investimento

poupança
Deixar dinheiro na poupança por muito tempo não é uma decisão inteligente.
A poupança é a aplicação preferida do brasileiro, é segura, acessível a todos e não sofre tributação. Só que a poupança tem um problema, seu rendimento é tão baixo que por vezes não consegue ganhar da inflação. Com isso, ao invés de ganhar dinheiro, você na verdade está apenas mantendo o poder de compra do seu capital ou ficando próximo disso.
Alguns devem estar lendo este texto e pensando “ok, a poupança apenas empata com a inflação, mas se eu for pra renda fixa e precisar tirar o dinheiro, vou ter de pagar imposto de renda sobre o lucro, e com isso ganhar até menos que na poupança.”
Concordo plenamente, o efeito do imposto de renda (que começa em 22,5% do lucro) torna a renda fixa menos atraente que a poupança para aplicações de curto prazo.
A solução para este problema é achar um investimento seguro, que apresente bom rendimento, possibilite o resgate do dinheiro de forma rápida e seja isento de imposto de renda.
Está achando bom demais pra ser verdade?

Investindo em LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são garantidas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), possuem rendimento atrelado à taxa Selic (atualmente em 10% ao ano), possibilitam resgates em curto prazo (dependendo do banco até mensais) e são isentas de imposto de renda para pessoas físicas.
Por essas características, acredito que sejam os melhores investimentos do mercado para quem quer segurança.
Se você comete o erro de deixar capital na poupança por longos períodos, procure se informar sobre alternativas mais rentáveis, LCI e LCA são algumas das opções existentes. No meu caso, quando não tenho planos de empregar o dinheiro que está na poupança dentro de 3 meses, já procuro investi-lo em uma dessas alternativas.

Erro #6 – Elevar seu padrão de vida automaticamente à medida que seus ganhos aumentam

padrão de vida
As pessoas tendem a aumentar seus gastos sempre que sua renda aumenta. De maneira quase automática, conforme ganhamos mais gastamos mais. Veja o exemplo abaixo e pense na resposta para a pergunta que será apresentada:
João ganha um salário razoável, mora em uma casa pequena e tem um carro barato, a casa e o carro atendem plenamente as necessidades de João, que é jovem e solteiro. Após algum tempo, ele recebe uma promoção acompanhada de um bom aumento de salário.
Qual terá sido a primeira ideia que passou pela cabeça de João para empregar o dinheiro excedente?
Se você pensou em “trocar de carro” ou “mudar-se para uma casa maior”, respondeu igual à maioria dos brasileiros. É isso que normalmente fazemos quando começamos a ganhar mais.
No mundo de hoje, gastamos dinheiro que não temos, para comprar coisas que não precisamos, para impressionar pessoas que não conhecemos e parecer alguém que não somos”
 Evite elevar seus gastos sempre que seus ganhos aumentarem. Procure ter controle e não aderir à moda do consumismo desenfreado.
Use o dinheiro excedente para investir e aproveitar o efeito benéfico dos juros compostos. Seu objetivo deve ser depender cada vez menos do salário.
Coloque o dinheiro para trabalhar por você. Com juros compostos você só precisa de duas coisas para enriquecer: tempo e dinheiro. Quanto mais tiver de um menos precisa do outro.

Conclusão

Parabéns por ter chegado até aqui!Um artigo com 1850 palavras não é para qualquer um. Você realmente está comprometido com seu sucesso financeiro.
Recapitulando o que foi apresentado, os erros listados foram:
Erro #1 – Confiar em seu gerente de banco para lhe indicar investimentos
Erro #2 – Manter dinheiro investido tendo dívidas
Erro #3 – Pagar mensalidade ou anuidade de cartão de crédito
Erro #4 – Comprar a vista sem pedir desconto
Erro #5 – Deixar dinheiro na poupança por longos períodos como investimento
Erro #6 – Elevar seu padrão de vida automaticamente à medida que seus ganhos aumentam
Como visto no decorrer do artigo, os 6 erros que você estava cometendo com seu dinheiro, e muitas vezes nem se dava conta, são de fácil solução, exigindo apenas um pouco de atenção de nossa parte.
Com disciplina e planejamento é possível resolver cada um deles.
Comece a solucioná-los o quanto antes, não deixe para amanhã o que pode ser feito hoje.
Estude mais sobre investimentos para não ficar na mão de seu gerente de banco, pague suas dívidas, ligue para seu banco e negocie as taxas do cartão, sempre peça descontos (no começo você pode se sentir desconfortável, mas a prática leva a perfeição), aplique em algo mais rentável que a poupança e domine seus desejos consumistas.
Espero que este artigo tenha sido útil para você.
Gostou do artigo? Exponha sua opinião deixando um comentário abaixo.
Obrigado.

COMO LUCRAR FAZENDO AQUILO QUE VOCÊ AMA

VÍDEO

ESCRAVOS DO DINHEIRO, VOCÊ É UM ?



Se para alguns ficar sem dinheiro é problema, para outros, acredite, ter dinheiro pode ser uma vida triste, cheia de pesadelos, fantasmas, tornando-se até mesmo solitária. 

O dinheiro, é sem dúvida um instrumento facilitador e necessário em nossa cultura, no entanto a partir do momento que o deixamos comandar nossas vidas pode virar um tormento. Meu desafio hoje em Psicologia Financeira é fazer com que pessoas prósperas desfrutem deste conforto com equilíbrio, sem medo, sem sofrimento e alcancem a felicidade que independe do mesmo, pelo simples fato de ser quem o são. Aprender a fazer uso do dinheiro e não deixar que o mesmo o escravize.
O que é pior, ser
 dependente financeiro ou ser dependente do dinheiro? 

O
 dependente do dinheiro é aquele que se lhe perguntarem:“O que você faria se perdesse todo o seu dinheiro hoje? ” ele responde:
“Nossa! eu acho que morreria, daria um tiro na cabeça!” e de fato tem quem o faça, está aí o
 Plano Collor 1 que não nos deixa mentir, tem quem enfarte e tem aqueles que se tiverem sorte entram apenas numa crise depressiva. Estou falando de casos onde o individuo se torna Escravo do Dinheiro.

Outro tipo é o indivíduo onde a
 conta bancária nunca é suficiente, tem dó de gastar,só pensa em ganhar dinheiro, hoje ele quer cem mil, amanhã mais cem, depois mais duzentos e assim vai até que um dia tenha acumulado um milhão...mas ainda é pouco. Perde noites de sono atormentado com a idéia de que o dinheiro acabe, vive em constante estado de ameaço e vigília, tudo e todos querem o seu dinheiro, chegam ao ponto as vezes de mentir o que possuem e até mesmo a ter uma vida pobre e miserável, sem necessidade disso. Quando provedor da casa, controla como e com o que cada um gasta, enfim se torna um “Chato” e se acordar um dia, pode ser tarde e não ter mais ninguém que ama a sua volta. Depois temos aqueles dependentes do que se pode comprar, ou acredita-se comprar com o dinheiro; felicidade, poder, prestígio, respeito, segurança, até mesmo o amor das pessoas e a elas próprias, lembram-se do filme Proposta Indecente? 2 Na realidade o que se compra é uma Ilusão, uma idéia que não é real. A conta bancária é “gorda” a compra é boa, o dinheiro facilita em muitas coisas, mas nunca o indivíduo se dá por satisfeito. Existe ainda quem sofra de “Compulsão por Compras”, um transtorno de impulso, já muito explorado em filmes e mesmo novelas, o mais recente e que ficou famoso a personagem da Delegada Helô vivida por Giovanna Antonelli em Salve Jorge 3 , é de se entender a identificação do publico com o mesmo, pois trata-se de um comportamento que merece atenção e que recebo muito como “queixa” em consultório, infelizmente quando o individuo se dá conta do problema é porque já se encontra endividado, quando na realidade o assunto deveria merecer cuidados antes disso, pois o mesmo pode ser uma forma de encobrir conflitos de ordem emocional e nem sempre a consequência gera dividas ,o transtorno quase sempre é associado a forte ansiedade, depressão e as consequências podem surgir na saúde física, quase sempre de ordem psicossomática.

Mas o que acontece com estas pessoas? O que as leva agir assim? E
 como mudar isso?
O dependente do dinheiro é um indivíduo que como qualquer outro ser humano tem uma estória de vida com perdas, ganhos, realizações e problemas, mas que por algum motivo não é capaz de parar e se defrontar com tais questões achando mais fácil resolve-las com o dinheiro, dando assim uma força desproporcional, acreditando poder resolver tudo fazendo uso e posse do mesmo de forma irracional e muitas vezes prejudicial até a terceiros, além disso não percebe que em 90% das vezes ele por si só consegueria dar conta das questões e mais não se dá conta também que
 o dinheiro não resolve, mas sim camufla o problema que mais cedo ou mais tarde reaparece com maior intensidade, e muitas vezes acompanhado de sintomas psíquicos, alguns de difícil reversão. Em meus estudos pude ver que essa importância exagerada é tão grave como a escassez e dívidas, uma vez que suas conseqüências são desde a perda de pessoas queridas, uma vida que além de fútil é cercada de oportunistas e o mais grave a perda de si mesmo , de sua identidade, para o dinheiro que se tem. A saída: só existe uma, identificando-se com o perfil assumir, e então é precisoquerer mudar, estar disposto a deixar de se esconder por trás do dinheiro e enfrentar seus problemas, cara a cara. O trabalho para alguns nem sempre é fácil exigindo uma ajuda profissional, mas acreditem qualquer dor é muito maior quando não a enfrentamos.

Além disso no íntimo o dependente do dinheiro é extremamente rico como pessoa, intenso e de sentimentos bons, mas só viverá isso no dia em que deixar a “bengala dinheiro” de lado e perder o medo de encarar a si mesmo, suas qualidades e defeitos.
1 Nome dado ao conjunto de reformas econômicas criados durante a presidência de Fernando Collor de Mello (1990-1992), sendo o plano estendido até 31 de julho de 1993.

2 Filme sobre direção de Adrian Lyne, com Robert Redford no papel do milionário exentrico que oferece 1 milhão de dólares por uma noite com a mulher de outro homem, 1993.

3 Salve Jorge , novela da Rede Globo, horário das 21:00 hs, em 2013. Da autoria de Glória Perez, além de abordar a questão do trafico de pessoas, tema principal da novela a autora refere-se também ao Transtorno por Compras, ou Oneomania, problema de Helô, personagem vivida pela atriz Giovanna Antonelli.Patrícia de Rezende C. Simão
Caso venha utilizar esse artigo fazer referências: Patrícia de Rezende C. Simão é Psicóloga Clinica e Orientadora em Comportamento Financeiro Pioneira no Brasil nesse campo de trabalho.www.psicologiafinanceira.com.br.


12 sinais de que você está criando seu filho para ser escravo




Você parou para observar o que está passando na televisão quando o seu filho a está assistindo? Ou já parou para refletir nos motivos que levaram um novo shopping a ser erguido perto da sua casa? Ou mesmo já se questionou sobre a real razão para a pré-escola dizer que está preparando o seu filho para o mercado de trabalho?

Não é novidade para ninguém que a organização da sociedade possui o formato de uma pirâmide onde os que estão na base sustentam aqueles que estão no topo. Enquanto no topo existem poucos lugares, na base existem muitos para serem ocupados, sendo natural que quem esteja em cima queira manter aqueles que estão em baixo onde estão para não perderem suas posições no topo.
Não é uma questão de maldade, mas de pura física onde dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, manifestando a lei da escassez que rege a vida da maioria das pessoas, seja aquelas que estão no topo ou na base.
Apesar de nascermos livres, durante a construção da nossa personalidade (da infância a fase adulta) vamos nos identificando progressivamente com essa lei e ficando cada vez mais “parados” conforme ela se torna a realidade do nosso modo de agir.
Não importa se nossa origem é uma família com muito ou pouco dinheiro. O que define se uma pessoa é escrava ou não é a maneira como ela lida com o mundo: se obedecendo a lei da escassez ou a lei da abundância.
Obedecendo a lei da escassez, nós temos medo e culpa. Medo do desconhecido (futuro, relações ou oportunidades) e culpa pelo passado (o que não foi feito, o que deu errado ou o que fizeram conosco). Agimos como vítimas e sempre estamos sofrendo por algo. Por isso precisamos atacar. Quem está em cima ataca quem está embaixo e quem está embaixo ataca quem está em cima.
Mas o que importa para o desenvolvimento pleno do ser humano e da humanidade não é que nossos filhos escalem a pirâmide social, se tornem pessoas ricas habitando o topo da pirâmide e mantenham as pessoas que estão embaixo afastadas das suas posições. O importante é que eles se libertem dessa pirâmide e das “regras naturais” contidas na sua estrutura.

Qual opção lhe parece a mais adequada?

A) Quero que meu filho seja pobre e triste.
B) Quero que meu filho seja pobre e feliz.
C) Quero que meu filho seja rico e triste.
D) Quero que meu filho seja rico e feliz.
E) Quero que meu filho seja livre e, portanto, sempre feliz.
Com quatro filhos, me ocupo bastante do pensamento sobre a criação, educação e escolarização das crianças, pois percebo vários problemas ocorridos nestes três aspectos ao longo da minha formação. Tive que trabalhar bastante para conseguir me libertar de algumas crenças, medos e valores que não desejo que o filho de ninguém possua e que me motivaram a vir aqui trazer à tona abaixo, alguns sinais de que nós podemos estar transformando nossos filhos em escravos ao invés de pessoas livres.

12 sinais de que você está criando seu filho para ser escravo

Você matriculou seu filho em uma escola que o prepara para o mercado de trabalho

Ou uma que vai do maternal ao vestibular. Não importa. Se o seu filho está matriculado em uma escola que o prepara para o mercado de trabalho, você está preparando o seu filho para o passado e não para o futuro, para o mundo que vai existir daqui a 20 anos quando ele sair da escola. Você está preparando seu filho para se encaixar no mundo e não para criar um mundo para ele.

Você leva seu filho no shopping para passear

Shopping não é para passear. Shopping é para comprar ou então se distrair para comprar ainda mais. O objetivo do shopping é vender mais e por isso é tão importante para seus proprietários agregar serviços como praças de alimentação e espaço para as crianças com brinquedos eletrônicos e pequenos parques dentro dos seus estabelecimentos. Quanto mais próximas dos shoppings as crianças estiverem, melhor retorno financeiro o shopping terá no longo prazo. O impacto deste mau hábito pode levar seu filho a sempre querer consumir para se manter feliz.

Você permite que ele tenha mais coisas que o necessário

Presentes são as distrações do presente. Com milhares de roupas, tênis e brinquedos seu filho começa a perceber que fica feliz sempre que recebe alguma coisa nova e molda a sua cultura para isso. Desta forma, quando ele ficar triste novamente e não enxergar nada de novo à sua volta, acreditará que está com esse mau humor porque não tem nada novo para se distrair. Desde cedo eduque seu filho a compreender que ele não depende de coisas para ser mais feliz. No dia que seu filho fracassar e não tiver coisa alguma, se sentirá ainda mais infeliz por não tê-las e levará ainda mais tempo para retomar seu rumo.

Você acredita que ajuda seu filho quando executa tarefas simples pra ele

Dar comida na boca, amarrar o sapato, abotoar a camisa, dar banho, entre outras tarefas simples são coisas que os pais estão fazendo por mais tempo pelos seus filhos. Quando eles crescerem e estiverem adultos o mundo cobrará deles independência e disposição para realizar tarefas fora de suas zonas de conforto se eles quiserem se libertar. Tendo sido criado em uma redoma seu filho terá que lutar ainda mais para conquistar as coisas que deseja.

Você ensina seu filho a valorizar as coisas pelas marcas que elas carregam

Não basta comprar um caderno, precisa ser um caderno de uma determinada marca ou com um determinado motivo daquele desenho animado ou daquele filme que ele tanto adora. Não seja tolo. Você está agindo justamente da forma que o dono da marca daquele filme quer que você aja. Que tal explicar para o seu filho que o caderno sem marca nenhuma tem a mesma utilidade que o caderno com marca e que ele pode ser até melhor em qualidade que o outro. Ensine-o a valorizar as coisas pelo real valor delas e não pela marca que a coisa carrega. O significado de sucesso não é medido pela capacidade de adquirir acessórios das marcas mais caras como se fossem badges da vida real.

Você não ensina seu filho a receber doações

Conheço pais que não admitem que seus filhos recebam uma peça de roupa ou um tênis de uma outra criança só porque aquilo que era recebido já tinha sido usado. Não existe coisa mais digna e natural do que aprender a receber. Isso, inclusive é até mais importante que aprender a dar porque para receber você precisa ser humilde e nobre. Ensine-o a receber doações e ele se tornará livre por acreditar que o mundo dá as coisas para ele ao invés de visualizar um mundo cheio de perigos e apuros onde todos só pensam em tirar-lhe as coisas.

Você faz da alimentação por frutas e legumes algo pontual

O natural para o ser humano é comer frutas, legumes e verduras, enquanto refrigerantes, doces e outras guloseimas não é natural. Estes últimos “alimentos” é que devem ser apresentados ao seu filho como um evento pontual. Não há problema comer doces, biscoitos e bolos uma vez ou outra se o hábito da criança for comer coisas saudáveis, mas fazer da alimentação saudável algo esporádico é transformar o próprio filho em colecionador de problemas de saúde no futuro.

Você o deixa ver televisão

Assista televisão com o seu filho durante uma hora e notará nas entrelinhas uma série de comerciais educando-o a permanecer escravo do sistema. Enquanto mulheres feministas brigam pelos seus direitos nas ruas, um comercial de um brinquedo infantil, treina meninas para o consumo vendendo uma caixa registradora que aceita cartão de crédito de brinquedo onde sua filha pode fazer compras à vontade na lojinha da amiga. Desligue a televisão e veja o seu filho libertar a imaginação com amigos imaginários, pistas de corrida feitas com caixas de papelão ou simplesmente cantando a esmo dentro de casa.

Você não educa seu filho com uma medicina preventiva

Medicina preventiva é alimentação somada ao conhecimento do próprio corpo. Além de receberem alimentos ruins para o corpo, os pais não incentivam seus filhos a conhecerem suas dores e seus próprios males, curando toda e qualquer perturbação com algum medicamento invasivo que inibe o sintoma, mas não acaba com o problema. O autoconhecimento começa pelo conhecimento do nosso próprio corpo.

Você incentiva que seu filho tenha ídolos

Ter ídolos nos escraviza tanto quanto ter algozes. Tendo ídolos, seu filho começa a competir com outras crianças para medir se aquilo que idolatra é melhor ou pior que aquilo que os outros idolatram, seja uma personalidade, um atleta, um time de futebol, um músico, etc. Ele coloca todas as suas expectativas naquela pessoa, saindo de si para querer se tornar o outro o que normalmente termina em uma grande frustração quando ele verifica que o outro possuía as mesmas idiossincrasias que ele.

Você ensina as suas crenças para ele

Religião, trabalho, riqueza, modo de vida, enfim, você deposita no seu filho toda a sorte de crenças e medos cultivadas em você tirando a capacidade dele mesmo refletir sobre o que serve e o que não serve para ele. Você não ensina filosofia para ele e não o faz questionar e observar que talvez você e ele estejam errados a respeito das suas certezas. Que existem outras religiões diferentes da sua no mundo, assim como outros tipos de trabalho, outras formas de gerar riqueza e também outras maneiras de viver. Esclareça para o seu filho que a forma como você vive e a maneira como você pensa é a sua maneira, mas não a mais correta. Não ate-o a amarras que o deixem presos em qualquer área da vida. Leve-o a sua religião, ensine-o sobre ela, mostre a forma como você trabalha e a sua maneira de gerar riqueza. Traduza tudo isso e o seu modo de vida como apenas mais um modo de se viver, mas fortaleça-o para que ele faça a sua própria busca, deixando claro que irá lhe abraçar no caminho de volta pra casa.

Você não coloca em prática o que ensina para ele

E o principal e mais violento sinal de que você está criando o seu filho para ser escravo acontece quando você demonstra para ele que não se esforça para se libertar colocando em prática aquilo que ensina para ele.
  • Você continua indo ao shopping para passear.
  • Você continua vendo televisão.
  • Você continua torcendo para o seu time do coração com fanatismo.
  • Você cultua marcas, nomes e famosos.
  • Você se coloca como vítima da vida.
Você pode ter errado em tudo, mas não pode se dar o direito de errar em não assumir os próprios erros para acertar. Temos que ensinar esta nobreza para os nossos filhos se quisermos que eles se libertem desta pirâmide social na qual a maior parte da sociedade está inserida para viver a sua própria vida da maneira que ele acredita ser a ideal.
Entendo que alguns sinais colocados aqui afetam estruturalmente as suas crenças, mas te convido a fazer um exame em cada uma delas para verificar porque elas realmente existem em você e como elas podem estar moldando a vida que você tem hoje. Se você está preso, liberte-se e leve seus filhos junto, pois se todos os pais fizerem isso, libertaremos o mundo.

Fonte: http://insistimento.com.br/filho-em-escravo/